AMANTE DAS ONDAS
(...) De todos os amantes, só fiquei eu. E as ondas, claro! As ondas que não me deixam ir embora por não terem mais nenhum corpo para a-mar. Mais tarde a praia encher-se-á de gente, milhares de corpos que elas amarão rapidamente num amor prostituto, inconsequente. Mas agora quando, além dos meus, outros pés não pisam as calmas areias de Copacabana, elas podem entregar-se ao meu amor como se fôssemos amantes escondidos num quarto de hotel (...). Mar eu sou! Nunca fui tanto! Os meus braços liquefazem-se no azul da alvorada, os meus pés diluem-se na imensidão luminosa da água salgada. Sou corpo líquido. Saliva, esperma e suor. Nada mais! Mar. Mar! Mar... (...)
2 Comments:
Tiago este ...texto... é lindo, aliás sinto que qualquer adjectivo é banal para qualificar este teu excerto. A Arte é isto, é SENTIRMOS dentro de nós este prazer imenso que nos invade e nos enche de uma "coisa" maior e mais poderosa do que a felicidade, que nos faz arrepiar a alma e nos deixa ofuscados, como se tivéssemos sido atacados por um clarão branco brutal.
Obrigado por me teres dado o prazer de ler a tua Arte.
Beijos
Prima Lena
Tiago este ...texto... é lindo, aliás sinto que qualquer adjectivo é banal para qualificar este teu excerto. A Arte é isto, é SENTIRMOS dentro de nós este prazer imenso que nos invade e nos enche de uma "coisa" maior e mais poderosa do que a felicidade, que nos faz arrepiar a alma e nos deixa ofuscados, como se tivéssemos sido atacados por um clarão branco brutal.
Obrigado por me teres dado o prazer de ler a tua Arte.
Beijos
Prima Lena
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